sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Temporalidade na arte

Texto: "Temporalidade na arte"

Alex Hamburger
Arte e Tempo – XV Encontro do PPGAV da EBA-UFRJ. (2008)

"Já que estamos falando da idéia da temporalidade, duração, andamento, intervalo, qual seja, de parâmetros de mensuração, creio que não é fora de propósito ilustrar esta abordagem sobre o tema justamente com um instrumento de uso comum, o metrônomo, que possui a função de orientar o ritmo (e o tempo) de uma composição sonora, e em cujo mecanismo de consecução se manifesta por excelência a dimensão temporal, mas que simultaneamente pode ser considerado uma instância poética (objetual no caso) autônoma, e, dependendo do ângulo em que são observados podem nos ajudar a perceber o que vai além, ao lado, à frente e acima deles, qual seja, um esgarçamento, ou como o propõe Basbaum, um transatravessamento, na verdade uma supressão das fronteiras entre as linguagens e dimensões, na direção de potenciais e prolíficas leituras e processamentos.
 Portanto, além de existir uma abordagem da questão temporal, digamos, de um ponto de vista metafórico, onde o observador descreve a ação do tempo de forma conotativa e indutiva, interessa-nos, sobremaneira, verificar a sua atuação (permanência, passagem) enquanto parte integrante das nossas atividades cotidianas, qual seja, à partir de um estado físico-mental, real e acessível."

"... Antes de Fluxus, obras de arte (mesmo as consideradas transgressoras), eram 
consideradas em termos de Arte Erudita e diferenciadas do resto das coisas. Elas eram colocadas primeiro em gabinetes de ostentação, e depois em museus, segregadas do fluxo da vida. A revelação do Fluxus foi de que tudo é maravilhoso!..."




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