Entrevista de Ronald Duarte a Arte &
Ensaios, em seu ateliê, no Rio de Janeiro,
com a participação de Fernanda
Lopes e Cezar Bartholomeu em 11 de
julho de 2013.
"Fernanda Lopes: E o Nimbo Oxalá você já fez algumas
vezes, não?
RD: Apesar de ter dito que não faria mais depois da exposição na Casa de Cultura Laura Alvim... O Nimbo Oxalá é um acontecimento, um happening, uma
ação... mas não tem jeito, acabei de fazê-lo outra vez na Rocinha, agora, no dia 29 de julho. Esses trabalhos iniciais da série Guerra é Guerra, durante esse tempo todo, eu tinha pensado em uma série mesmo, e fui recebendo várias propostas, e sempre que dava para encaixar eu fui fazendo... assim, o Paint-ball na Holanda, assim o Monitorando o Poder, que fiz quatro vezes e uma vez em Brasília e é o último da série Guerra é Guerra, quando a violência sai do morro e vai até o poder. São 12 vídeos, a maior parte editada pela Mary Paz e Gabriel Amorin, e os
três primeiros são O que rola você vê, em que eu lavo com sangue, o Fogo Cruzado, em que eu ateio fogo em 1.500 metros de trilhos do bondinho de Santa Teresa, e o Nimbo Oxalá, em que aciono 20 extintores ao mesmo tempo, formando uma grande nuvem, um nimbo; depois tem o Traçantes, com laser, não me lembro de todos... tem a Estrela também lá de Cuba, que é político para caramba, uma
estrela de fogo... então uma seita local alegou que eu estava tacando fogo na estrela deles... aí chamei de Estrela de luz, e eles gostaram e pediram uma
justificativa; então mandei um cd de samba, aquele: …estrela de luz que me conduz, estrela que me faz sonhar... [risos], e eles adoraram, e ficou tudo em
paz, entendeu, então é engraçado isso..."
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