Quem é
Artista da performance e curador, vive e trabalha em Curitiba, Brasil. Bacharel em Artes Visuais pela Universidade Tuiuti do Paraná – UTP – 2002. Especialista em Estética e Filosofia da Arte pela Universidade Federal do Paraná – UFPR – 2010. Além da produção em performance art, organiza o evento p.ARTE – Mostra de Performance Art. Curador convidado da Bienal Internacional de Curitiba, 2013.
Alguns trabalhos
- POTÊNCIA - 2013
Em 5 maio de 2013, Fernando Ribeiro apresentou a performance Potência dentro do programa de Danças Performativas do Museu Oscar Niemeyer. Esta performance foi criada e executada pela primeira vez em 2004 e possui uma duração entre 2 a 3 horas.
Ribeiro, com o corpo coberto de cabos de som e ligados a uma potência, começa a desenrolar os cabos para que consiga chegar às caixas de som, no outro lado da sala. Ao terminar a performance, conectando os cabos às caixas, o público tem acesso ao som conectado a potência.
- DISTENSÃO - 2010
A performance Distensão foi apresentada no evento Ato Performático no dia 06 de maio de 2010, no Sesc da Esquina. O Ato Performático se configurou como o primeiro evento em Curitiba direcionado à performance, em seu sentido lato. Durante uma semana houve palestras, bate-papos, discussões além de apresentações que englobaram áreas como artes visuais, música e teatro.
Fernando Ribeiro contribuiu com o evento com sua performance inédita Distensão. O espaço previamente escolhido para a performance foi um lance da escadaria do Sesc da Esquina, Curitiba/PR. Pela parede desse espaço, foram distribuídos 100 ganchos. Pendurados a esses ganchos haviam 2 cordas de 50m cada, tendo em cada ponta um nó-de-forca e pelo seu corpo 100 ganchos de metal. Ao centro desse espaço, a frente dos ganchos, havia uma bacia amarela contendo graxa azul.
A performance se inicia com o artista chegando ao espaço, ele tira seu tênis e meia e descalço direciona-se a bacia com graxa azul. De costas para a parede e de frente para o público ele prende cada nó-de-forca em seus braços e pernas, conectando cada corda a um de seus lados. Ele invade com seus pés a bacia, inundando-os na graxa, pega com cada mão um gancho preso a cada respectiva corda e movimenta-se em direção aos ganchos das paredes, conectando o gancho da corda a da parede.
A partir desse início ele começa a movimentar de um lado a outro, prendendo os ganchos ligados as cordas nos ganchos da parede. Nesse mesmo movimento, as cordas presas as suas pernas e braços, se enrolam ao mesmo tempo que se definem como rastro dos movimentos do artista. Seu pé cheio de graxa diminui as possibilidades de movimento.
- ESFORÇO - 2011
Quais são os sons de nossos esforços? Como potencializar esses sons? Como o som de nossas ações se misturam com os demais sons que produzimos? São essas as questões que moveramm Fernando Ribeiro na sua performance Esforço.
Este trabalho foi apresentado no Cafofo do Coletivo Couve-Flor, dentro da programação Ocupações Performáticas – curadoria de Michelle Moura. Utilizando do seu Capacete para uma Mesma Visão, Ribeiro não somente executou sua ação como compartilhou sua visão externa ao capacete com o público local e com quem acessou seu website no momento.
- DATILÓGRAFO - 2009
A performance O Datilógrafo fez parte do evento Jornalismo e Literatura, promovido pelo Sesc da Esquina, Curitiba/PR. Durante os dias 7, 8 e 9 de outubro de 2009, no horário do almoço e no fim da tarde, Fernando Ribeiro, portando uma máquina de datilografar portátil, ocupava algum espaço do Sesc da Esquina e começava a escrever.
Em cada lugar que parava escrevia uma página. Intitulava o dia e a numeração da página. Logo após escrita, colocava-a dentro de um pacote plástico e fixava no lugar em que escreveu. Os textos tratavam desde suas impressões do momento, observações que aconteciam até reflexões sobre a performance em si.
A performance alude as mais diversas questões, sejam biográficas ou não. Quanto a primeira, a datilografia possui um papel importante na vida do artista. Fora com 12 anos que cursou seu primeiro curso de datilografia. Logo começou a trabalhar como estagiário da escola, o que o possibilitou ampliar os cursos e o domínio da técnica. Para o artista a datilografia sempre teve um papel especial herdado de seu pai, que considerava o domínio de tal técnica como um primeiro passo para se conseguir um bom emprego.
Quanto a questões não-biográficas, a performance alude mesmo ao desenvolvimento tecnológico relacionado a escrita. Fernando Ribeiro colocava a máquina de datilografar no seu colo para escrever, como hoje é geralmente visto no uso de computadores portáteis. Quanto a escrita mesma, ela ganhava um corpo fenomenológico a cada letra escrita. Das palavras, dos erros, dos acertos, acentuações, pontuações etc, tudo que o artista escrevia naquele momento era impresso no papel. A própria correção ou anulação de uma escrita errada ou de qualquer outro erro era feito através da sobreposição de letras e hífens. A preocupação era de inscrever aquele momento, aqueles pensamentos e observações que corriam entre o toque dos 10 dedos sobre as teclas, olhando ou não para o teclado.
Sobre a própria escrita, a performance chamava a atenção do público por presenciar o uso de uma máquina que hoje caiu em desuso devido ao advento do computador. A relação do artista com o público era de diálogo direto, seja entre uma página ou outra, seja parando de datilografar para ouvir as estórias que cada um tinha em relação com a máquina ou mesmo com a prática. As pessoas mais velhas geralmente contavam estórias relacionadas, máquinas de datilografar que já tiveram ou que já trabalharam, as pessoas mais novas, principalmente crianças, tinham interesse no que era essa máquina, como ela funcionava e, por fim, no que o artista estava escrevendo.
Referência:
- http://www.fernandoribeiro.art.br/
Referência:
- http://www.fernandoribeiro.art.br/
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