terça-feira, 4 de novembro de 2014

Resignificação coletiva da memória dos sentidos: um processo artístico com performance

© 2014 eRevista Performatus e o autor
Ed. 12Ano 2 | Nº 12 | Out 2014


Texto de Élle de Bernardini


Para Halbwaschs a memória é sempre fruto de um processo coletivo, na medida em que necessita de uma comunidade afetiva, ou seja, um grupo ao qual o  sujeito já faça parte. A lembrança está sempre inserida em um contexto social
preciso. Para esse pensador, o apego afetivo a uma comunidade dá consistência às lembranças, e o desapego é oposto disso, estando, por sua vez, ligado ao
esquecimento. A memória em Halbwaschs é reconhecimento e reconstrução. É
reconhecimento na medida em que porta o "sentimento do já visto". E
reconstrução, porque não é uma repetição linear de acontecimentos vivenciados no passado, mas sim um resgate desses acontecimentos e vivências no contexto de um quadro de preocupações e interesses atuais.
Sobre essas considerações de Halbwaschs, iniciei uma pesquisa com a
memória que chamei de "Memória dos Sentidos" ou "Memória do Corpo". No
começo, minha pesquisa tinha como objeto a relação nebulosa entre a lembrança racional e a lembrança física. Para mim, enquanto artista, o que interessa é a lembrança dos sentidos, a lembrança do corpo. Minha pesquisa estabelece, como objeto, os sentidos, e parte deles para falar da memória e do resgate das sensações através do reviver um acontecimento do passado.

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