quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Celeida Tostes


Despojei-me
Cobri meu corpo de barro e fui.
Entrei no bojo do escuro, ventre da terra.
O tempo perdeu o sentido de tempo.
Cheguei ao amorfo.
Posso ter sido mineral, animal, vegetal.
Não sei o que fui.
Não sei onde estava. Espaço.
A história não existia mais.
Sons ressoavam. Saíam de mim.
Dor.
Não sei por onde andei.
O escuro, os sons, a dor, se confundiam.
Transmutação.
O espaço encolheu.
Saí. Voltei."

Celeida Tostes


Referência:
http://ensinandoartesvisuais.blogspot.com.br/2007/09/cermica-artstica-e-performance-arte-de.html

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