sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A potência autoficcional na construção da cena performática

ALICE, Tania. A potência autoficcional na construção da cena 
performática. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Estado do Rio de 
Janeiro (UNIRIO). Professora do Departamento de Interpretação e da 
Pós-Graduação em Artes Cênicas. Performer e diretora teatral.

RESUMO
O artigo tem por objetivo articular o processo de criação performática com o 
conceito de autoficção, mistura entre ficção e realidade, elaborado no campo 
da criação literária nos anos 90. A partir de uma experiência de criação 
realizada pelo Coletivo de performance Heróis do Cotidiano que resultou em 
um work in progress intitulado Por que você é pobre?, surgiu o 
questionamento de entender por quê a utilização de material autobiográfico 
causava um aumento da potência cênica e performática, desde que 
articulado com uma inquietação de ordem social. O artigo visa problematizar 
esta questão, partindo dos dados autobiográficos que surgiram na equipe de 
criação sobre a questão da pobreza, tentando entender como os movimentos 
realizados a partir de matrizes pessoais foram estabelecendo um diálogo com 
uma dimensão maior, social, política e energética. O intimo da autoficção, 
elaborada a partir de memórias corporais e afetivas, ativa então uma 
memória social mais ampla, que por sua vez potencializa a capacidade de 
afetação do gesto artístico, inscrevendo-o no campo do "artivismo", diluição 
das fronteiras entre arte e manifestação social.

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