terça-feira, 30 de junho de 2015

Pour être plus belle et plus efficiente

A artista Priscilla Davanzo colhe flores naturais de um jardim e as costura na pele. Trata-se de um embelezamento com dor, numa crítica às práticas cosméticas.



Fonte:
http://performatus.net/priscilla-davanzo/
- Capítulo "Que corpo é esse? Densidade e superfície" do livro Corpo, Identidade e Erotismo de Katia Canton - Coleção Temas da Arte Contemporânea

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Priscilla Davanzo: A arte de avacalhar com o corpo imaculado

Revista Performatus 
Ed. 8
Ano 2 | Nº
8 | Jan
2014
"Apesar de fazer performances, Priscilla Davanzo satiriza o lugar do efêmero quando “eterniza” a aparência almejada em si. Não há retorno, e o seu corpo construído, com relação ao original, é irrevogável. E qual corpo não foi transformado? Qual corpo foi resguardado incólume, de forma sagrada, sem nenhuma intervenção, tal e qual o original, idêntico àquele que veio ao mundo? Provavelmente, não há.
Diversas alterações – mesmo que não tão radicais – são infligidas ao corpo. Desde as tintas para os cabelos, os bronzeamentos, o uso de modestos ornamentos entre outras formas de remodelações tão singelas quanto essas, são realizadas por todos. Sempre fazemos alguma interferência sobre a nossa camada mais externa: desde a mais modesta até a mais intensa, como é o caso das tatuagens, dos brandings e das escarificações, por exemplo."

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Direções

A performance Direções surge dos sons de GPS, vozes de alerta dos transportes públicos e seguranças que estão sempre nos advertindo. O melhor caminho a ser seguido muitas vezes não é tomado por nós  mesmos mas sim por uma ordem de controle "acima" que impõe seus limites de direção. Pensando sobre isso e em como esses alertas agem sobre nosso corpo, a performance foi realizada no dia 24/06/2015 nos corredores da UERJ.




quinta-feira, 25 de junho de 2015

Que corpo é esse? Densidade e superfície

Capítulo do livro Corpo, Identidade e Erotismo de Katia Canton - Coleção Temas da Arte Contemporânea

"Tatuagens, piercings, maquiagem, cirurgias plásticas, escarificação, pinturas, queimaduras (branding), além de vestimentas e adornos corporais - são maneiras de construir a relação de identidade e alteridades por meio do próprio corpo. Ele é, afinal, nossa existência materializada e estilizada."
Exemplo do trabalho da artista e pesquisadora Priscilla Davanzo que propõe constantes transformações no próprio corpo.

As vacas comem duas vezes a mesma comida - 2000

-> ideia de permanência e verdade
-> elemento da dor como um sentir que faz parte da vida humana

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A cidade marca

Artista marca a cidade com tinta vermelha em protesto contra a violência

"RIO - O dia era 30 de agosto de 2014. E a baiana Ítala Ísis acordou muito triste. Morando no Rio há 20 anos, a artista teve a sensação de que a cidade a expulsava por causa da violência, dos preços altos e da forma agressiva como algumas manifestações vinham sendo reprimidas. Não teve dúvida. Se levantou, jogou tinta vermelha em um balde e, com um pano branco nos ombros, foi para a Rua do Riachuelo, na Lapa. Começava, assim, a performance ‘A cidade marca’, que ela continua repetindo sempre que sente necessidade. A ideia é extravasar esses sentimentos negativos arrastando o pano pela cidade e batendo-o com força contra o chão. O semblante sério acompanha a caminhada.
— Foi uma maneira de colocar para fora uma sensação estranha que estava dentro de mim e que não cabia no meu corpo — explica Ítala. — Precisava criar algo que transbordasse o que eu estava sentindo.
Uma das estratégias da performance, segundo ela, é a total falta de interação com as pessoas.
— Um dos objetivos é ser camuflada pela itinerância e pelo estranhamento. Se paro para explicar, perco tudo isso e me sinto desprotegida — conta ela, acrescentando que sente uma extrema liberdade quando ‘protesta’. — Sinto também uma força de renovação. Na maioria das vezes, não sei o que pessoas vão pensar. Nem penso nisso. Simplesmente vivo a sensação."



Leia mais sobre esse assunto em  http://oglobo.globo.com/rio/gente-do-rio-artista-marca-cidade-com-tinta-vermelha-em-protesto-contra-violencia-15870841#ixzz3cmfo0N1n 
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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Práticas de (Des) (Re) Construção Corporal: laboratório de criação em performance

Professora: Sandra Bonomini
Horário: 18h30 às 20h30
Sala: E
Período: 20 a 28/jul
Valor da Mensalidade: R$250 / R$230 (alunos e ex-alunos FAV / EAV)
Release do Curso: O Laboratório intensivo de criação e experimentação em performance visa ser, em primeiro lugar, um espaço de troca artística e energética no qual os participantes serão motivados, “provocados” a desenvolver seu próprio processo criativo colocando o corpo como principal veículo de trabalho. Mais perto da apresentação do que da representação, põe-se em questão a condição de híbrido do sujeito, o corpo político, o corpo social e o corpo “outro” do performer-ser humano. Através de exercícios e práticas – individuais e coletivas – iremos explorar a relação com o tempo, o espaço, o objeto e o outro na performance.
A arte da Perfomance surge aqui como aquela linguagem sem fronteira definida, que permeia-se na vida cotidiana indiscutivelmente, então possibilita a reinvenção, a reconstrução simbólica de fatos, da memória que se faz presente através da ação e da nossa própria identidade quantas vezes for necessário. Conceitos como Site Specific, Intervenção urbana e Instalação de um lado, e do outro Performatividade do gênero* e Corpo Decolonial** serão discutidos durante o laboratório com o intuito de gerar possíveis respostas ou mais perguntas sobre o nosso fazer artístico contemporâneo.
Brevemente, vamos rever o trabalho de alguns artistas de performance da América Latina cujos interesses dialogam com os tópicos deste laboratório. Para finalizar o encontro e valorizando mais o processo em constante devir, no último dia abriremos as portas para compartilhar um pouco do que foi “gestado”.
[*] Constitui um dos conceitos centrais na obra da filósofa estadunidense Judith Butler e refere-se, resumidamente, a como o gênero é constituido por atos de repetição estilizada.
[**] Figura trabalhada na minha monografía de conclusão de curso de Pós-graduação em Movimento e Ação: Arte da Performance, pela Faculdade Angel Vianna.
Público-alvo: bailarinos, atores, performers, artistas de outras áreas e pessoas interessadas no trabalho e processo de criação
Número máximo de participantes: 20
CV breve da Professora:
Atriz-bailarina, criadora e performer peruana. Pós-graduada (Lato Sensu) em Movimento e Ação: Arte da Performance, pela Escola e Faculdade de Dança Angel Vianna, e formada em Artes Cênicas pela Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP). Complementou sua formação com estudos em Dança Contemporânea desde 2003 nas escolas Pata de Cabra (Lima) e Andanzas (PUCP), dirigidas pela bailarina, pesquisadora e coreógrafa peruana Mirella Carbone. Fez oficinas e workshops dentro e fora do Peru, sendo os principais: “O trabalho pessoal do ator”, conduzido pela atriz Geddy Aniksdal (Companhia de Teatro Grenland Friteater (Noruega)); “Bodyweather and Butoh”, conduzido pelo coreógrafo e diretor Stuart Lynch (UK), no PIT (Porsgrunn International Theater Festival (Noruega)); “Cuerpo – Acción / Corpo – Ação”, conduzido pela artista e performer Violeta Luna (México), no Festival Internacional de Mulheres Criadoras (Magdalena Project), organizado pelo Grupo Cultural Yuyachkani (Lima (Peru)). É co-criadora da Estação Experimental (plataforma de criação e pesquisa em performance e linguagens artísticas híbridas) junto com outros artistas brasileiros desde outubro de 2013. Atualmente, desenvolve uma pesquisa pessoal teórica/prática, na qual relaciona Identidad(es), gênero(s), corpo híbrido e a performance contemporânea na América Latina.
Seu trabalho já foi apresentado em diferentes encontros, festivais, mostras, seminários e ocupações no Brasil (nas cidades de Belo Horizonte (MG), Tiradentes (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Natal (RN)) e no exterior (Lima (Peru), Nova Iorque (EUA), Berlim e Colônia (Alemanha).
Fonte:

terça-feira, 9 de junho de 2015

A Linguagem da Performance, da Publicidade e da Propaganda: diálogos entre arte e existência


Luiz Carlos Cardoso Suzano Junior 
Sara Passabon Amorim

Resumo
A linguagem da performance dialoga com a publicidade e propaganda, ao passo que essas três vertentes se relacionam com o homem como um fazedor de arte e que existe num tempo/espaço próprio. Através dos fundamentos da arte da performance, da publicidade de guerrilha e dos conceitos da propaganda, a pesquisa expõe os diálogos dessas comunicações provocativas e expressivas no âmbito social e da expressão humana. Percorre-se o sentido dos elementos tomados para observação: a encenação “Arte e Existência: uma performance artaudiana” e a campanha de propaganda de guerrilha do filme “The Dark Knight”, nomeada “Why So Serious?”. O olhar comparativo entre as duas produções é desenvolvido a partir de um diálogo entre as linguagens adotadas e as ideologias na qual as duas se baseiam.
Palavras-chave: Performance-arte; Publicidade e propaganda; Comunicação de vanguarda. 

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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Figurações do corpo biológico ao virtual


Lucia Santaella

RESUMO: Um grande número de discursos filosóficos, psicanalíticos e culturais contemporâneos tem colocado muitas dúvidas sobre quaisquer concepções do corpo como simplesmente um organismo biológico cujas nítidas fronteiras são desenhadas por sua pele. Cada vez menos considerado como uma propriedade imutável, no decorrer do último século, subverteram-se os limites delineados pelas construções culturais e o corpo foi se transformando em um território sem fronteiras, continuamente renovável e infinitamente interpretável. Longe de ser obliterado, o corpo veio se tornando crescentemente presente, não mais como uma totalidade homogênea, mas um mosaico flexível e permeável, cujas formas e estruturas se tornaram voláteis. Que identidade biológica, tecnológica ou cultural pode ser atribuída ao corpo? Como pode a esquizofrenia inerente à sua multiplicidade ser entendida? O argumento que venho propondo, nas reflexões que tenho desenvolvido sobre a problemática psíquica e cultural do corpo, é o de que o corpo está obsessivamente onipresente porque ele se tornou um dos sintomas da cultura do nosso tempo. Diferentemente dos sintomas do século XIX, que se davam no corpo, que marcavam o corpo, gradativamente esses sintomas foram crescendo até tomar o corpo ele mesmo como sintoma da cultura. Este trabalho visa discutir algumas das razões para esse estado de coisas, com ênfase na virtualização dos corpos propiciada pela revolução digital.
Palavras-chave:
imagens do corpo, imagens de diagnóstico, corpos digitais, avatares, telepresença 

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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Teste de visão artística

TESTE DE VISÃO ARTÍSTICA: ABRA SEU OLHO! foi um trabalho especialmente desenvolvido pra ser apresentado na Casa Daros (RJ), no projeto Verão no Pátio, que marcou o encerramento da exposição "Rubens Gerchman: com a demissão do bolso" e ao mesmo tempo homenageou o histórico Verão a Mil, organizado por Xico Chaves, com shows de música onde se apresentaram artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Cazuza, dentre outros, no período entre 1975-79, época em que Gerchman fundou e dirigiu a Escola de Artes Visuais do Parque Lage. 
Aliando pensamento crítico, humor e ironia, o TESTE é destinado a profissionais e amadores, leigos e entendidos que frequentam ou participam do circuito das artes, avaliando o grau de visão e a acuidade artística do público presente, instigando todos a participar e descobrir se enxergam com nitidez os desafios da arte contemporânea, como anda o foco de cada um sobre as questões atuais da arte, detectando se o público encontra-se artisticamente com a vista cansada, míope ou com os olhos turvos mediantes a todas as manifestações e tendências que o cercam!