segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O que chamamos de performance?

Lucio Agra
Resumo:
Hans Eijkelboom, Bas Jan Ander,  Jirí Kovanda, Sigurdur Gudmunssun , Techching Hsieh, Robert Filiou, Alan Kaprow. Resumidamente, seriam esses os sete nomes que, na 30ª Bienal Internacional de Artes de São Paulo (2012) representam a performance. Não necessariamente, claro, pois o primeiro artista é um fotógrafo que se interessa, neste momento de sua obra, pelo comportamento dos seres humanos comuns da rua e a forma como seus corpos carregam uma fôrma do vestir “pret-à-porter”. Os brasileiros Sofia Borges e Rodrigo Braga responderiam pelo que mais diretamente pode ser creditado a uma ação do corpo em presença, embora se trate em ambos os casos, novamente, de artistas plásticos que lançam mão – seja pela fotografia, seja pelo vídeo – de estratégias de registro que os levam diante do púbico, enquanto corpos.
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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Performer

  PERFORMATUS
    Ed. 14
Ano 3 | N
      14 | Jul
         2015

Jerzy Grotowski

O Performer, com letra maiúscula, é um homem de ação. Ele não é um homem que faz o papel de outro. É o atuante, o sacerdote, o guerreiro: está fora dos gêneros estéticos. O ritual é performance, uma ação realizada, um ato. O ritual degenerado é um espetáculo. Não quero descobrir algo novo, mas algo que foi esquecido. Algo tão antigo que todas as distinções entre gêneros estéticos deixam de ser válidas.
Eu sou teacher of Performer (Falo no singular: of Performer). Teacher – como em qualquer ofício – é uma pessoa por meio da qual o ensinamento passa; o ensinamento deve ser recebido, mas a maneira de o aprendiz redescobri-lo só pode ser pessoal. E como é que o teacher, por sua vez, conheceu o ensinamento? Pela iniciação, ou pelo furto. O Performer é um estado do ser. O homem de conhecimento, podemos pensá-lo relacionando-o aos romances de Castañeda, se gostarmos do romantismo. Eu prefiro pensar em Pierre de Combas. Ou até nesse Don Juan descrito por Nietzsche: um rebelde diante do qual o conhecimento é tido como um dever; ainda que os outros não o amaldiçoem, ele sente que é diferente, um outsider. Na tradição hindú, fala-se dos vratias (hordas de rebeldes). Um vratia é alguém que está no caminho para conquistar o conhecimento. O homem de conhecimento [czlowiek poznania] tem à sua disposição o fazer, o doing, e não ideias ou teorias. O verdadeiroteacher – o que ele faz pelo aprendiz? Ele diz: faça isso. O aprendiz luta para entender, para reduzir o desconhecido ao conhecido, para evitar fazer. Pelo simples fato de querer entender, ele resiste. Ele só pode entender depois defazer. Ele faz ou não faz. O conhecimento é uma questão de fazer.
Tradução de Patricia Furtado de Mendonça
Revisão ortográfica de Marcio Honorio de Godoy
© 2015 eRevista Performatus, Jerzy Grotowski, 1987, 1990 e The Jerzy Grotowski Estate, 2005
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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Política do Impossível

"Coletivo PI - Política do Impossível - O coletivo PI é um grupo de artistas educadores que trabalham na intersecção entre arte, política e educação. O PI neste projeto: Beatriz Falleiros Carvalho Cibele Lucena Daniel Lima Eduardo Consoni Jerusa Messina Joana Zatz Luciana Costa Mariana Cavalcante Rafael Leona 

CARTOGRAFIA POLÍTICA DA AÇÃO COMUM
Supervisão pedagógica da formação inicial do Programa Jovens
Urbanos/Cenpec
Coletivo PI - Política do Impossível 
Junho e julho de 2007

1) D E S F R A G M E N TA R A A Ç Ã O : da experiência de educação ilhada em cada sujeito para um campo comum, entrelaçado de experiências

Uma das preocupações mais persistentes para nós do grupo PI é o reconhecimento e a construção do sentido de grupalidade: o encontro com o “comum” e a busca, a partir daí, de sua proliferação em ações autônomas que possam eventualmente se desenvolver. 
Estabelecer laços sociais, em uma atualidade que cada vez mais fragmenta a vida e perde o sentido de “ser” coletivamente, se torna aqui fundamento e objetivo ao mesmo tempo. Para o desenvolvimento destas relações procuramos criar vínculos que permitam a cada sujeito envolvido “estar de corpo inteiro”, tomados por seus desejos e urgências, trazendo à tona a soma de conflitos macro e micro políticos que compõem cada subjetividade.
 É neste ponto que, para nós, a construção de uma “ Cartografia Política da Ação Comum” - partindo do mapa de São Paulo - pode subverter uma situação de representação estática, imagem internalizada por todos, difícil de romper; pode subverter um “comum habitual, dado”, tornando-se um terreno fértil de “imersão no comum construído, experienciado, vivido”. 
A possibilidade de estabelecer grupos de trabalho que já não sejam amontoados institucionais - onde as hierarquias e a falta de afetação regem as relações - para ir cada vez mais aproximando-se do sentido de grupo, acontece na horizontalidade desta construção do comum, como base para a ação e a criação."

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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Entre Saltos

"Em 2013, o Coletivo PI recebeu o Prêmio FUNARTE - Mulheres nas Artes Visuais, com a performance urbana Entre Saltos. As cidades de São Paulo, Campinas/SP, Porto Alegre/RS e Salvador/BA foram eleitas para receber a performance em 2014. Para a intervenção, o Coletivo PI conta com a colaboração da performer e artista plástica Ana Teresa Fernández, que trabalha com temáticas ligadas à desigualdade, imigração e questões do gênero feminino.
A intervenção urbana proposta pelo Coletivo PI aborda a figura da mulher no mundo contemporâneo. A performance trata da construção da feminilidade bem como a imagem do feminino em relação à esfera pública. A ação se dá em forma de um desfile público, de muitas mulheres, que pretende enfatizar o equilíbrio e o desequilíbrio enfrentados pelo feminino na metáfora do “sapato de salto alto”, e propõe colocar a rua como extensão do corpo e da vida. Ao término, as performers constroem poeticamente uma instalação com a colaboração da artista plástica e performer mexicana Ana Teresa Fernández.De acordo com as artistas do Coletivo PI, Entre Saltos “fala sobre a mulher que procura se equilibrar entre as várias esferas de sua vida e sobre as imposições de uma sociedade cada vez mais voltada ao culto à imagem e a padrões de beleza rigorosos, a mulher que procura ser mãe atenciosa, mulher desejável, profissional competente, habilidosa nas funções domésticas e ainda se sustentar sobre dois saltos altos. A performance de um coro de mulheres trata da beleza comum, da força e a fragilidade juntas em um exercício da subjetividade e existência”.A intervenção ocorreu em fevereiro de 2014 no centro na cidade de São Paulo. Mais de quarenta mulheres percorreram a cidade e finalizaram a ação no Vale do Anhangabaú onde os sapatos foram enterrados pelas participantes.Em março foi a vez da cidade de Campinas receber a performance, por meio do Sesc Campinas. A ação foi realizada no Jardim Itatinga, bairro periférico da cidade, contando inclusive com a colaboração de mulheres profissionais do sexo que lá vivem e trabalham, por meio da parceria com a Associação de Mulheres Guerreiras. A organização campineira é integrante da Rede Nacional de Prostitutas, que luta pelo reconhecimento legal do profissional do sexo, por meio da organização da categoria e sua mobilização em defesa e promoção de seus direitos. A ação também contou com o apoio de profissionais autônomos e comerciantes do bairro e tem parcerias com as instituições Pastoral da Mulher Marginalizada e Centro de Estudos e Promoção da Mulher Marginalizada (CEPROMM), ambas situadas no Jardim Itatinga.
Porto Alegre/RS foi a terceira cidade a receber o projeto em abril de 2014. Para a realização da performance, o Coletivo PI contou com o apoio da ONG Coletivo Feminino PluralO grupo trabalha há mais de 16 anos em defesa dos direitos da mulher por meio de projetos sociais e culturais e articulações políticas. A oficina de intervenção urbana ocorreu na Casa de Cultura Mário Quintana, mesmo local onde começou a performance na capital gaúcha. O coro com cerca de 30 mulheres atravessou o centro histórico da cidade e encerrou Entre Saltos duas horas depois no Parque Farroupilha, também conhecido por Parque Redenção. A escultura foi erguida diante da estátua em referência a Atena, deusa da guerra e da sabedoria.  A finalização do projeto Entre Saltos, dentro do Prêmio Mulheres nas Artes Visuais, ocorreu em maio na cidade de Salvador/BA. Para realização da oficina e performance, o Coletivo PI contou com o apoio do Espaço Xisto Bahia. Mulheres e homens de diversas origens e motivações percorreram o centro histórico de Salvador, em especial a região do Pelourinho. A performance encerrou no Dique do Tororó onde os performers trançaram os sapatos à beira do rio. Ao todo, mais de 150 performers participaram do projeto como performers. A equipe de produção reuniu integrantes do Coletivo PI e colaboradores locais em cada cidade. 

Ficha TécnicaCriação - Coletivo PIPerformers e oficineiras - Pâmella Cruz, Priscilla Toscano e Natalia ViannaArtista Plástica convidada -  Ana Teresa FernandezEquipe de produção - Adriano Garcia, Chai Rodrigues, Jean Carlo Cunha, Natalia Vianna, Mari Sanhudo, Pâmella Cruz e Priscilla Toscano.Assessoria de imprensa - KB ComunicaçãoApoio técnico - Douglas Torelli, Felipe Mochiute, Sandra Azevedo, Thiago Camacho e Rodrigo Spavanelli"

Fonte: http://www.coletivopi.com/p/entre-saltos.html

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Coletivo Pi

"Fundado em 2009, por Pâmella Cruz e Priscilla Toscano, o Coletivo PI realiza intervenções urbanas efêmeras utilizando diferentes linguagens, tais como a performance, o teatro, a dança e as artes visuais, para compor suas criações. A pesquisa do grupo tem como base o diálogo entre o artista e o espaço, na construção de formas poéticas que representem e transformem um espaço (físico ou imaginário), resgatando sua memória, discutindo suas funções e propondo novas percepções.
Pâmella, Priscilla e Natalia Vianna, que passou a integrar o núcleo em 2010, se conheceram na UNESP – Universidade Estadual Paulista em 2005 no curso de Licenciatura em Arte-Teatro e desde a graduação percebiam as afinidades quanto às questões artísticas. Um dos objetivos do Coletivo PI é pensar e realizar intervenções e performances em espaços urbanos reafirmando a rua e locais utilizados cotidianamente pela população como espaços da experiência e da criação. No início de 2014, também passaram a integrar o PI os performers Chai Rodrigues, Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo.
O PI possui uma trajetória crescente no cenário brasileiro da Intervenção Urbana e da Performance. Os principais trabalhos do coletivo são Na Casa de Paulo, contemplado pelo “Prêmio Artes Cênicas na Rua 2011” - FUNARTE/MINC, realizado em 2012; a performance urbana CEGOS em parceria com o Desvio Coletivo em 2012 e 2013; o edital “Obras em Construção”, da Associação Cultural Casa das Caldeiras, com o projeto “Reflexos Urbanos”. Desde abril de 2013 o grupo está em processo de residência artística no local, visando à criação e temporada do espetáculo multimídia O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos, contemplado no Edital da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo - “Primeiras obras de produção de espetáculo inédito e temporada de teatro”. A peça terá estreia em 2014; e Entre Saltos, a performance urbana vencedora do Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais 2013. 

Nome Coletivo PIMas por que PI? O que é o PI?O mais conhecido 3,14.
É o símbolo grego utilizado pela Matématica em diversos cálculos…
É um símbolo de fácil reconhecimento…
Está ligado a qualquer forma circular…
É o 3,1415926.
É o valor da razão entre a circunferência de qualquer círculo e seu diâmetro, é a mais antiga constante matemática que se conhece.
Tem força enquanto palavra e som.
É a mais pura abstração…
É o nome de um personagem do livro Avó Dezenove e o Segredo do Soviético – Ondjak.
O PI tem até um dia próprio! 14 de março. A primeira comemoração do Dia do PI aconteceu no museu Exploratorium de São Francisco, em 1988, com público e funcionários marchando em torno de um dos espaços circulares do museu, e depois consumindo tortas de frutas no ano seguinte, o museu acrescentou pizza ao menu do Dia do PI.
Pi é um símbolo ligado a circularidade, a qualquer simetria esférica. O círculo é a forma mais democrática de distribuição de pessoas em um espaço, onde todos possuem a mesma posição, todos podem se ver.
Por fim, PI é Performance e Intervenção."

Fonte: http://www.coletivopi.com/p/o-coletivo-pi.html

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Contornos

"O Coletivo Pi é famoso por realizar performances e intervenções urbanas ousadas e efêmeras na cidade de São Paulo, unindo diferentes linguagens, como teatro,  dança, performance e artes visuais. Pretendendo surpreender desta vez o público do Rio de Janeiro, o Coletivo prepara a intervenção Contornos, em que quatro mulheres criam uma tela ao vivo, pintada com os próprios corpos.
Cada performer se banha em tinta de cor diferente e pinta uma tela a partir de seus movimentos corporais, deixando contornos coloridos. A performance integra a programação da Maratona Cultural Cidade Olímpica, que celebra o marco de um ano para o início dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, com diversas atividades gratuitas que acontecerão na Praça da Cinelândia durante o dia todo. O Coletivo Pi se apresenta no dia 8 de agosto, às 15h00, no Pátio do Museu Nacional de Belas Artes.
O trabalho surgiu da ideia de criar uma grande parede branca com as marcas de corpos, imprimindo cor e movimento, usando a materialidade corporal como instrumento principal para feitura da tela, deslocando a importância da obra para o momento de sua criação, valorizando o processo e não apenas o produto final. A ação tem inspiração na pintura gestual de Jackson Pollock, cuja pintura era fruto de uma composição de movimentos e gestos, em que o artista entra na obra e dá vasão ao ato espontâneo de criar.
Contornos é uma reflexão poética sobre o corpo/matéria e a identidade/feminilidade. A performance encara o corpo como nosso território, a materialidade de nossa existência e pensa sobre os contornos femininos, como eles definem e segregam, quais as possibilidades transitórias de um corpo que é território, quais os carimbos que deixamos ou levamos em nossa relação com a cultura/cidade, que também é território, porém coletivo.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5W4YIsE3JKf3gXwrWEohhAy12vnPH2R0aKgDBv0-5dodxOVYyYg3huMIhPGhKrRfJbDEYo2d0AU9KXta_Z0xqTb3GhPUM30YGbY6ngUeyUyPrDc8PUsc2C_eCnDZ5VWaZ734dXZr0Pfs/s1600/116_rdionisioframe_118109022015.jpg

Performance “Contornos” do Coletivo Pi
Pátio do Museu Nacional de Belas Artes
Av. Rio Branco, 199 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Dia 8 de agosto, às 15h"


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A revolta do invólucro

Um homem qualquer.
700m de plástico-bolha.
Puro fetiche.
Ele desenrola a matéria como se o invólucro demarcasse a obra da paisagem para além de si.
Sem saber o quê fazer, pede ajuda.
Todos desenham





MAM-RJ e Maré

Fotos: Júlio Callado e Thiago Jatobá 


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Conjugados (ecos)

Daniela Mattos e Alexandre Sá

− comunicabilidade / incomunicabilidade− espaço / arquitetura / paisagem− escrita /desenho− escuta / observação / silêncio




Materiais:
duas cadeiras iguaisuma resma de papel ofício para cada umcanetasfita adesiva


1 – os performers se colocam nos extremos opostos da rampa (dm em baixo, as em cima) e permanecem em silencio por 4'33''
2 – a resma de papel ofício de cada um será usada da seguinte forma: a performer constrói uma linha usando as folhas e fita adesiva e o performer faz gaivotas de dobradura com as folhas, ambos com a ajuda dos espectadores
3 – a primeira parte da acão deve ser feita em deslocamento, direcionada a um suposto ponto de encontro
4 – Após o encontro dos performers, eles retornam ao lugar de início e começam a usar o caderno de anotações e desenhos
5 – os performers devem selecionar situações ou imagens ou sons no entorno e traduzir com escrita e/ou desenho tais observações
6 – tão logo for coletada uma imagem/som/pensamento/etc os performers devem levar seu caderno até o outro e após mostrarem suas anotações/desenhos, trocam seus cadernos entre si
7 – essa troca acontecerá até o término das folhas dos cadernos, quando a ação termina


Desenhos: Alexandre Sá

Com: 
Guilherme Vergara
Elisa de Magalhães
Jonas Arrabal
João Veiga Jordão
Cecília Cotrim
Tatiana Grinberg



Fotos: Wilton Montenegro

Fonte: http://alexandresa.org/filter/ações/Conjugados-ecos

Alexandre Sá

Alexandre Sá vive e trabalha no Rio de Janeiro. É doutor e mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ e licenciado em História da Arte pela UERJ. É um profissional híbrido que trabalha com as mais diversas linguagens (instalações, performances, fotografias, objetos e vídeos) e sua pesquisa plástica tem como preocupação estética as relações entre o texto, a imagem, a poesia, o corpo e a psicanálise. Uma de suas particularidades é o diálogo entre teoria e prática, pois também atua também crítico, escrevendo textos para revistas especializadas. É coordenador da graduação e professor do Instituto de Artes da UERJ; coordenador e professor do curso de Artes Visuais da Unigranrio. Integra a comissão editorial da revista Concinnitas (do Instituto de Artes da UERJ). Foi consultor de projetos artísticos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e atualmente é professor de História da Arte nesta mesma instituição para o curso gratuito de Fundamentação. Atualmente está em processo de formação psicanalítica no Instituto FCCL-Rio (Formações Clínicas do Campo Lacaniano).

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4744805A1

http://alexandresa.org/filter/ações