No mês de dezembro do ano passado, tive a oportunidade de participar da performance Embalazamento (Zonas de Contato) durante o seminário Ateliê de Performance. A experiência coletiva foi ótima para mim, já que sempre realizo as ações do Núcleo de Pesquisa Corporal sozinha. De certa forma então, tivemos dois projetos do Instituto de Artes da UERJ juntos!
Nas fotos, Juliana Cunha, pessoa que eu embalazei.
O que é o Zonas de Contato
Palco em Debate é um projeto de extensão coordenado pela Prof. Dra. Denise Espírito Santo, do Instituto de Artes da UERJ e está vinculado ao departamento de ensino de arte e cultura popular. Visa fomentar estudo e pesquisa sobre o trabalho de criação do ator/performer em suas interfaces com a dança, o teatro e a performance. Deste modo, busca um diálogo com outros projetos já constituídos no Instituto de Artes, dentre os quais, o projeto MiraTeatro da Prof. Dra. Nanci Freitas, o Laboratório de performance da Prof. Dra. Eloisa Brantes e o Ateliê de múltiplas linguagens artísticas, uma parceria Instituto de Artes e Unidade Docente de Psiquiatria do HUPE, cujo proponente é o Prof. Dr. Aldo Victório. Esse núcleo de trabalho, que definimos como estudos sobre o corpo e suas dramaturgias, atende sobretudo a um grupo de estudantes do curso de artes visuais, dança e teatro interessados nos processos composicionais para atores/performers.
Desde 2011, no âmbito deste projeto extensionista, demos início a um programa de formação e intercâmbio cultural reunindo grupos e coletivos do interior do estado do RJ; batizado de Zonas de Contato, este programa de formação já organizou 3 edições, a saber: 2011-2012-2014 propiciando encontros de trabalho e oficinas inesquecíveis com artistas de teatro e dança, tais como: Norberto Presta, Carmen Luz, Renato Ferracini, Eloisa Brantes, Gilson Motta, Cláudio Castro. Em 2014, além das três Oficinas em Paraíba do Sul, Japeri e Barra mansa, o projeto realizou o Colóquio Internacional Performaticidades e publicou o livro "Zonas de Contato. Usos e abusos de uma poética do corpo" com artigo de artistas de graduação, mestrado e doutorado.
O projeto se articula em torno desses eixos: a) grupo de estudos com encontros semanais para o desenvolvimento de experimentos cênicos e/ou células coreográficas explorando os vários conceitos de dramaturgia cênica, teatro físico, teatro coreográfico, dança teatro; b) realização de eventos culturais reunindo a produção teatral da universidade e de outras instituições de ensino; c) produção e publicação de textos que funcionam como ferramentas de sistematização do trabalho e divulgação das ações do projeto.
O que é o Embalazamento
A ação de intervenção que originou-se da observação dos corpos dos passantes nas ruas, que encontram-se instalados no mobiliário urbano. Corpos efemeramente enraizados e à espera de algum grande ou ínfimo acontecimento. Corpos que nos deparamos ou que ignoramos em nossas apressadas capturas do cotidiano em nossas cidades. Os corpos embalazados também desejam através do choque e do espanto, esse leitmotiv que a arte do nosso século se propõe sempre a atualizar como uma espécie de principio vital, estimular diferentes leituras dos corpos-imagens, corpos mídias, em meio à circulação frenética das ruas e das cidades.
Referências:
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